segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Marilene é a primeira candidata entrevistada no Bom Dia Amazônia.


A professora Marilene Corrêa, candidata ao Senado pelo Partido dos Trabalhadores(PT), foi a primeira a ser entrevistada na rodada de entrevistas realizadas pela Tv Amazonas com os candidatos ao Senado.Durante a entrevista, que teve duração de seis minutos, a professora respondeu a cinco perguntas feitas pela jornalista Mariana Medina, sobre Zona Franca, Recursos financeiros para educação, Agências Nacionais e Proteção às Fronteiras. Veja, em reprodução pelo Portal Amazônia, a entrevista.



TV Amazonas: Uma das funções do Parlamento é elaborar propostas para o Executivo. Qual a sua principal preocupação em relação à zona franca de Manaus?

Marilene Corrêa: A Zona Franca de Manaus é um parque extremamente importante com faturamento de mais de R$ 30 bilhões de dólares e a maior proposta que nosso partido acredita que pode contribuir para o Estado do Amazonas além da prorrogação da zona franca, que foi assegurada de fato pelo governo Lula até 2023, é assumir esse compromisso de manutenção do modelo no âmbito da escolha da sociedade e do Senado, adensar suas cadeias produtivas com transferência de tecnologia, aumentar a capacitação da mão-de-obra, esse é um pleito da classe trabalhadora para aumentar a empregabilidade das pessoas locais nos postos de gestão da Zona Franca. Especialmente fazer com que esse Polo Industrial de Manaus consiga interiorizar esse desenvolvimento e essa interiorização não se faz só na escala da região metropolitana e nas regiões de fronteira, ela precisa transferir por vocações da economia da biodiversidade, da economia ecológica, da economia de setores de pesca, por exemplo, transferir tecnologia de processos para que esses municípios, para que essas localidades do interior, se integrem às cadeias produtivas que podem ser geradas no interior e na capital para além da Zona Franca.

TV Amazonas: Dificilmente os estados investem os 25% na educação que são previstos na Constituição. Como você vai agir para reverter essa situação?

Marilene Corrêa: O orçamento da União para 2010 é de R$ 1,8 trilhões. O orçamento para educação no Brasil na ordem de R$ 53 bilhões. Daí você vê a diferença daquilo que em geral foi aprovado e daquilo que conseguimos por setor. Ampliação do orçamento para educação é fundamental, primeiro para assegurar a oportunidade da juventude não só a ter acesso ao ensino de 2º grau completo, como abrir a vida para o futuro universitário, para um futuro da pós-graduação. Essa formação científica e tecnológica é colocada como suplementar quando, na verdade, hoje com a universalização do ensino básico as outras esferas do ensino são tão importantes quanto. O aumento das verbas para educação é, portanto, uma necessidade para a juventude, uma necessidade para melhorar a qualidade da educação, uma necessidade para institucionalizar as políticas educacionais no âmbito da Federação e especialmente uma necessidade para preparar o Brasil para ser a 5ª economia do Mundo, fato que seremos muito em breve.

TV Amazonas: Como será sua atuação junto às Agências Nacionais de Desenvolvimento para garantir recursos para a Amazônia?

Marilene Corrêa: Todos os partidos têm uma pauta em relação às agências nacionais de desenvolvimento, mas todos os partidos têm um modo de fazer inflexão nessas agências. Há candidatos que inflexionam seus interesses para setores do empresariado com articulação maior com o empresariado dos polos fundamentais ou dos interesses fundamentais. A nossa atuação tem dois compromissos, primeiro com o povo, com a maioria da população. O segmento de maior interesse da nossa atuação é educação, ciência e tecnologia. A maioria de recursos dessa área de desenvolvimento precisa tomar a Amazônia como uma prioridade nacional, não só no papel. Ela é prioridade nacional porque precisa de mais investimentos, ela precisa de um tratamento especial em relação as comunicações, ela precisa de um outro tratamento especial em relação às fronteiras, ela precisa de maior investimento para retirar o atraso do desenvolvimento sócio-econômico. Ou seja, nós temos que captar mais recursos para as áreas mais necessitadas e não o contrário. Há um outro projeto de Brasil que pensa o contrário das agências de desenvolvimento, de que ela deve atender setores mais desenvolvidos e setores que exercem maior pressão sobre o conjunto da opinião pública nacional. A nossa voz sobre a Amazônia e o conhecimento que se tem sobre o desenvolvimento da Amazônia Brasileira vai pleitear outra forma da relação entre as agências nacionais de desenvolvimento e o nosso Estado.

TV Amazonas: Qual vai ser a sua proposta para garantir a segurança nas fronteiras do Amazonas com outros países?

Marilene Corrêa: Seria a ocupação do ponto de vista da humanização dessa sócio-demografia das fronteiras. Nós temos um pouco de desenvolvimento em relação às sociedades de um lado e de outro. Elas têm interesses comuns, nós temos povos comuns e precisamos dar tratamento a esses povos de forma mais cidadã.


crédito: Portal Amazônia.

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